ONADA é um projeto sobre a invisibilidade do tempo e suas consequências. Não se trata do vazio absoluto, nem do silêncio da solidão. ONADA é um conjunto de ações sobre o nada, que não levam a nada, para, consequentemente, se chegar a lugar algum. Uma tentativa (em vão) de preencher (às avessas) um vazio existencial.
Descrever ONADA é redundante e contraditório, mas necessário num espectro onde almejamos globalizar um mundo que vive de moda, de interações, de contatos físicos e virtuais, que constrói vigas de concreto bruto, tanto para erguer palácios, quanto para se proteger dos palácios erguidos.
Um exercício para sumir com o homem, para apagar tudo que foi idealizado por ele, fantasmagoricamente. O mundo do homem invisível, dos sentimentos vazios, da visão do útil pelo inútil. Sem credos, sem moedas, sem televisão, sem carros, sem consumo, sem teorias, sem fórmulas, sem futebol, sem sons.
ONADA é sobre aquele breve momento que existe entre o deitar e o dormir, quando esvaziamos a cabeça para apagar tudo, visando o dia seguinte.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário